Também conhecida como toxina Cry, é uma classe de proteínas inseticidas produzidas por várias cepas de bactérias do gênero Bacillus, incluindo Bacillus thuringiensis (Bt).
Desde a descoberta das proteínas Cry e sua aplicação na agricultura, os estudos nessa área têm se expandido continuamente. No agro, as proteínas Cry são tóxicas contra muitas famílias de insetos-praga, mas não têm atividade contra organismos não-alvo, conferindo, portanto, atividade inseticida altamente específica. A ação das proteínas Cry envolvem a interação com o trato digestivo dos insetos, que após a ingestão, se ligam às células do intestino médio do inseto, formando poros que perturbam a função da membrana celular e levam à morte do inseto por desidratação e paralisia.
A maioria das proteínas pesticidas utilizadas em culturas transgênicas até o momento pertencem à família de 3 domínios de toxinas Cry (3D-Cry) de Bt, que foram implantadas comercialmente desde o início da década de 1990 e são utilizadas para alvos específicos.
Os cientistas continuam realizando o isolamento de novas estripes de B. thuringiensis e identificando novos de genes cry, que podem ser usados para a fabricação de plantas transgênicas e novos bioinseticidas à base do B. thuringiensis.
Por isso, o uso do Bacillus thurigiensis como princípio ativo, é uma grande ferramenta no agro, pois além de controlar a praga alvo, também pode melhorar a qualidade do solo, promover melhor desenvolvimento da planta e ajudar no manejo integrado de pragas, aumentando a sustentabilidade na lavoura.
Referências:
Byrne, M.J., Iadanza, M.G., Perez, M.A. et al. Cryo-EM structures of an insecticidal Bt toxin reveal its mechanism of action on the membrane. Nat Commun 12, 2791 (2021). https://doi.org/10.1038/s41467-021-23146-4
OLIVEIRA, Mona. Proteínas Cry, será a nova geração de biopesticidas? 2023. Disponível em: https://www.linkedin.com/pulse/prote%C3%ADnas-cry-ser%C3%A1-nova-gera%C3%A7%C3%A3o-de-biopesticidas-mona-oliveira-phd/. Acesso em: 14 mar. 2025.
SALLES, J.F.; BALDANI, J.I. Bacillus thuringiensis como agente de controle biológico. Seropédica: Embrapa Agrobiologia, nov. 1998. 31p. (Embrapa-CNPAB. Documentos, 54).
